Dia Mundial do Meio Ambiente é marcado por protestos na Paralela

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Cerca de 70 manifestantes se reuniram na manhã deste sábado, 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, para protestar contra o avanço imobiliário na região da avenida Paralela, que prejudica o ecossistema da região. Como lema da passeata, “Quem desmata, mata”.

Entre 10h e 11h, o grupo percorreu o trecho entre o posto de combustível antes do Shopping Paralela à lagoa localizada em frente à Faculdade de Ciência e Tecnologia (FTC). A medida visou conscientizar quem passava pelo local. Além disso, foram plantadas dez mudas de Pau-Brasil na lagoa e no canteiro da Avenida Luiz Viana Filho.

A manifestação seguiu por duas faixas da pista, o que tornou o tráfego mais lento. Os manifestantes distribuíram panfletos aos motoristas, enquanto um carro de som amplificava os discursos, que lembravam o impacto causado na vegetação e na vida animal.

“Mais de 70% da mata atlântica da região foi desmatada. Isso precisa parar e a população deve acordar para a situação”, cobrou Marcell Moraes, coordenador da ONG Germen (Grupo de Recomposição Ambiental), responsável pelo evento. Moraes acredita que o descaso aumentou nos últimos dois anos, quando foi intensificado o ritmo das construções.

Nas faixas empunhadas pelos manifestantes, era possível ler frases como "A Paralela nunca teve tantos predadores" e o lema "Quem desmata, mata". A construção da usina nuclear no Estado também foi lembrada e rechaçada.

Direito dos animais - A ONG Terra Verde Viva, que luta pelos direitos dos animais, esteve presente. "O progresso econômico não pode suplantar o ambiental. O planejamento de impacto foi insuficiente e tem destruído habitats. Espécies ficam desnorteadas e ameaçadas", critica Ana Rita Tavares, representante da organização não-governamental.

Moradores de bairros próximos se juntaram à manifestação quando ela chegava à passarela que dá acesso ao shopping. Quase 20 pessoas reivindicavam o contrário, a continuidade das obras. "Não somos conta o meio ambiente, mas queremos que se cuide do ser humano". Para o presidente da Associação de Moradores de Mussurunga, Haroldo Santos, o crescimento da região criou infraestrutura para a população.

Apesar da saturação no trânsito, Santos lembra que, agora, a comunidade possui opções de lazer, compras e outros serviços. A iniciativa também ajuda a absorver os 15 mil desempregados da região, conforme defende o presidente da associação. Apesar do encontro, não houve problemas e as duas manifestações ocorreram de forma tranquila.


Por -> Tiago Canário
Disponível em -> http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf;jsessionid=9903674D7C30FCCE61EEEFBF0A1F39B0.tomcatcliff2

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